Período: 25 de agosto a 28 de setembro de 2015
Abertura:
Local: Espaço Cultural Taubaté (Shopping Taubaté)
A exposição exibiu trabalhos da artista, representativos da sua trajetória, com utilização de diferentes materiais. Patricia Cicarelli em texto crítico da Exposição, registra:
“No limite, o homem é o próprio cosmos. Se viajássemos pelos espaços vazios da matéria, ora pelo interior de uma estrela ora pelo nosso corpo, encontraríamos sempre a mesma coisa, aquilo que essencialmente somos. O trabalho da artista plástica Mary Carmen nos leva a refletir sobre os valores desta essência, sejam eles os primordiais que norteiam nossa existência ou aqueles mais complexos, esteio das preciosas relações afetivas. Para chegarmos a este ponto de convergência, devemos observar a sutileza das obras da mostra, sugerindo uma abstração do sentido da vida através de sua visão humanística e histórica.
O público vivenciará uma experiência singular na exposição INFINITO – A Dança das Formas, por que esses INFINITOS podem se multiplicar a partir da percepção que cada um terá no contato com a obra da artista. Ela extrai a maleabilidade do material rígido para enlear a humanidade ao universo, levando-os ao limite frágil e elementar da existência, transmitindo a poesia do seu trabalho. Muito além da meticulosidade e perfeição de sua técnica, a obra de Mary Carmen transcende o corpo escultórico e estabelece um diálogo inequívoco que só a arte é capaz.
O trabalho de Mary Carmen nos causa a sensação de uma maturidade inata na sua criação que se revela nas linhas, volumes, movimentos e entrelaçamentos que ela propõe em cada escultura. Deparar-se com as peças desta exposição é experimentar um estado de elevação que nos desloca no espaço-tempo cósmico que a artista nos propicia através de sua arte, conferindo-nos mais humanidade.
As esculturas de Mary Carmen levam nossos sentidos a apreender outras dimensões que dispensam definições absolutas.” Ao conceber esta exposição, o curador Robert Richard, presidente da ABAPC – Associação Brasileira de Artistas Contemporâneos, quis propor ao público o contato com o infinito, a arte no seu limite, em que a fusão dos sentidos encontra o seu lugar e ao mesmo tempo um corpo, a forma, os valores e a reflexão sobre o fato de que Ser, Sentir e o Fazer nos concebem e nos transformam.