Período: 15 de Agosto a 30 de Setembro de 2011.
Abertura: 17 de Agosto
Local: Espaço Cultural Citi – Avenida Paulista, 1111 – Piso Alameda Santos.
Registrar um momento e apresentar os valores e sentimentos da artista. Este foi o pano de fundo de “Mary Carmen e a Poética dos Volumes”, exposição realizada em 2011 no Espaço Cultural Citi. Com curadoria de Jacob Klintowitz, as obras exploraram materiais como bronze – onde podemos observar o estudo de figuras humanas esculpidas em aspectos presentes nas antigas civilizações – e o aço e alumínio – que celebram uma fluidez realçadora de conceitos que resgatam a arte da escultura de maneira contemporânea e criativa.
Na exposição, que marcou um momento de transição entre fases da artista, Jacob Klintowitz observa: “Estas formas metálicas são necessariamente leves, aladas, espaciais, em diálogo com o ambiente, propondo uma relação instável e estável, uma projeção do espírito em relação ao voo, uma metáfora da transcendência. Movimento e equilíbrio. Ao contrário, na fase anterior, que ainda segue em curso e percurso, pois não abandonada inteiramente pela artista, a estabilidade é a proposta. O conjunto é maciço e matizado e vitalizado pelos vazios pré-colombianos, herança mítica das civilizações originais da América, tão importante na escultura contemporânea. Estabilidade”.
Entre as 30 esculturas que compõe a mostra, é possível perceber algumas características diferenciadoras do trabalho da escultora, no qual Jacob pontua que o “interessante deste percurso da imaginação é que o raciocínio para esta criação é o contrário da tradição escultórica na qual se tira para deixar o essencial. Num bloco de mármore o escultor retira pedaços e faz surgir a forma essencial que habitava a sua alma. Na madeira, o artista elimina os excessos, trabalha-a de tal maneira que, ao final, do tronco inicial não nos resta nem a lembrança, pois transfigurado em uma forma”.
Com grande sucesso, a exposição foi capaz de realçar o equilíbrio e a elegância nas obras da artista em seu desenvolvimento, qual seja a natureza de suas obras, demonstrando um domínio sensível e intuitivo sobre a forma, a linha e o volume.